O diretor daz escola secundária Roque Gameiro, onde uma professora foi diagnosticada com Covid-19, depois de uma viagem a Milão, assume que a docente entrou em contacto com a SNS24 após a viagem para saber o que fazer. Só depois de ser aconselhada pelos profissionais de saúde a continuar a dar aulas é que a mulher continuou a trabalhar.
"Foi-lhe aconselhado a vir trabalhar quinta e sexta-feira [dias 27 e 28], na segunda-feira de manhã a professora ligou para a escola a questionar o que faria [uma vez que só lecionava à tarde]. Eu assumi o risco de dizer à professora para não vir trabalhar enquanto não tivesse o resultado e ela a partir de segunda-feira não voltou a lecionar nesta escola", conta Francisco Marques, em declarações ao Correio da Manhã.
Depois de a docente ter sido diagnosticada com o novo coronavírus, os alunos de seis turmas que estiveram em contacto com a professora vão ficar em isolamento em caso, uma decisão da escola e das autoridades de saúde.
O delegado de Saúde de Lisboa, Mário Durval, diz que estão a ser tomadas "medidas excessivas" e que a hipótese de algum dos alunos ter sido diagnosticado é mínima, devido à distância normal mantida entre professores e alunos. Durval sublinha que quem corre o risco maior são os professores mais velhos da escola secundária. "Os pais devem tranquilizar-se e podem mandar os filhos à vontade para a escola", garante Mário Durval, mostrando-se contra a decisão de fechar o estabelecimento.
