O ex-presidente do BCP, Jardim Gonçalves, vai perder o direito a dois terços da pensão milionária de 175 mil euros mensais que recebia do banco, noticiou o Público. A decisão foi do Tribunal da Relação de Lisboa, que ordenou ainda que Jardim Gonçalves terá de devolver montantes pagos desde 2008, altura em que houve ajustamentos salariais na comissão executiva.
A decisão do Tribunal da Relação de Lisboa foi tomada depois de um recurso apresentado pelo BCP, na sequência de um recurso apresentado contra uma sentença do Tribunal de Sintra que, em 2018, deu razão ao ex-presidente do BCP para que este continuasse a receber 167 mil euros mensais. A este valor juntava-se o pagamento de várias despesas como segurança, carro e motorista.
Recorde-se que o banco pagava mensalmente a Jardim Gonçalves 175 mil euros brutos. Desse valor, cerca de um terço decorria do fundo de pensões do banqueiro, de cerca de 108 mil euros. Já o restante dizia respeito a uma apólice de seguro.
Com esta decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, Jardim Gonçalves perdeu ainda direito às várias regalias que tinha: transportes, deslocações e Segurança Social.
O bancário cessou funções no BCP em 2005, mas manteve funções como presidente do conselho geral e de supervisão e presidente do conselho superior até 2008.