O Sindicato Nacional da Polícia anunciou, esta quarta-feira, que recebeu várias denúncias de profissionais da PSP a relatar que estão a ser proibidos de usar máscaras de proteção, "mesmo quando estas foram compradas pelos próprios", pela cadeia de comando, o que na visão do orgão é "ilegal" e "contraproducente".
Segundo um comunicado enviado às redações, muitos agentes têm recebido ordens para apenas devem utilizar as máscaras se estiveram em contacto com alguém potencialmente infetado com o covid-19, "a fim de não causar alarme social", afirmam, acrescentando que não conseguem "entender como é que um polícia causa alarme social".
"Como já é do conhecimento geral, um individuo portador do covid-19 pode não apresentar quaisquer sintomas de infeção, não deixando por isso de ser um potencial 'veiculo transmissor' desta doença grave altamente contagiosa. Os polícias, pelas caracteristicas da sua missão, estão a par de outras profissões, na linha da frente no combate a este flagelo, não sendo por isso admissivel que a saúde destes, das suas familias e da sociedade em geral, esteja a ser posta em risco por proibições de uso de máscara, porque causa alarme social", sublinha o Sindicato Nacional da Polícia.
O sindicato aconselha todos os profissionais que recebam ordens para não usarem máscaras de proteção a elaborarem "uma peça de expediente por escrito, onde deve constar a identificação do superior hierárquico que impediu o uso do equipamento de proteção Individual, com o intuito de existênca de memória futura, para eventual responsabilização de quem proibiu o uso dos equipamentos".