O Lar Maria Luísa, em Vila Nova de Cerveira, decidiu começar a produzir máscaras, com o intuito de manter os idosos ocupados, numa altura em que as visitas são proibidas, e ajudar na produção de um objetivo que está a acabar nas instalções, devido ao aumento do preço do produto e à elevada procura, numa altura em que os casos de covid-19 estão a aumenta em Portugal.
"As pessoas e algumas empresas já nos estão a telefonar para fazer encomendas, mas é uma mini-fábrica interna. É para ocupar os utentes, devido às não saídas à rua e à proibição de visitas, e também para resolver um problema de escassez de material", explica a diretora técnica do lar, Mara Rebelo, em declarações ao Jornal de Notícias. Além disso, os idosos são lentos a fazer as máscaras, não conseguindo dar resposta a pedidos externos. "Ontem [quinta-feira] fizemos 30, hoje faremos 20 e amanhã outras 20".
"Os preços do material subiram e temos de arranjar estratégias. Somos uma instituição muito grande com 70 utentes e 48 funcionários, e as máscaras estão a ser utilizadas como medida de proteção, uma vez que as únicas pessoas que entram e saem são os colaboradores", continua a diretora da instituição.
As máscaras são feitas com tecido de algodão e "foram validadas como eficazes para proteção pelas enfermeiras da instituição". Depois de o espetáculo de teatro que estava a ser preparado pelos idosos ter sido cancelado, estes estão a reutilizar um material que iria ser utilizado.
Além disso, as máscaras do Lar Maria Luísa são tudo menos típicas. "O que é original é que normalmente as pessoas usam a máscara banca e nós temos com muitos tecidos criativos com flores, desenhos e com corações para ser um estimulo a serem usadas", afirma Mara Rebelo.