Pepe Reina, guarda-redes espanhol, falou sobre os tempos que se vivem devido ao novo coronavírus e acabou por admitir, em entrevista à Cadena Cope que teve sintomas associados ao coronavírus na semana passada, contudo, nunca chegou a fazer o teste.
“Na semana passada tive todos os sintomas do coronavírus. Foram dias difíceis em que tomei todas as precauções para não infetar quem vive comigo. Aqui os testes não são feitos a não ser que estejas muito mal e isto só pode ser um problema, mas agora estou bem. É difícil, é como se um camião me tivesse atropelado”, começou por dizer o guardião do Aston Villa.
O guarda-redes admitiu ainda que se sente privilegiado e elogia aqueles que vivem com os filhos em espaços reduzidos.
“Nós, jogadores, somos privilegiados. É fácil para mim estar isolado, as pessoas que realmente têm ‘tomates’ são aquelas que vivem num apartamento de 70 metros quadrados com três filhos, esses são os heróis”, considerou.
“Sigo tudo o que acontece em Espanha e em Itália. Vivem-se tempos difíceis e estamos todos preocupados. O que me afeta mais é ver as pessoas a morrer sem poderem estar com a família uma última vez. Temos de respeitar as regras de segurança que nos foram dadas, só assim vamos conseguir sair desta situação”, alertou.
Agora, Reina admite que o futebol passou para segundo plano, realçando que o importante á a saúde.
“O futebol é secundário neste momento, não quero saber quando volto ao campo, o que me interessa é a saúde. Percebo que haja grandes interesses económicos em jogo, mas é o mesmo em todos os setores, não faz sentido jogar sem público. No entanto, é essencial que se regresse aos treinos quando existam garantias de que é possível fazê-lo em segurança”, rematou.