Um foco de infeção por covid-19 na freguesia de Parada do Monte, no concelho de Megaço, obrigou ontem as autoridades a montarem uma cerca sanitária para proibir as entradas e saídas dos habitantes. A medida foi tomada depois de três dos 370 habitantes da aldeia terem acusado positivo no teste dois homens com 87 e 86 anos e uma mulher com 82.
Apesar de o objetivo ser o de bloquear as entrada e saídas de moradores e visitantes, durante a tarde de ontem os vários acessos estavam apenas interrompidos por gradeamentos, sem presença permanente de militares da GNR. Em alguns casos houve mesmo quem desviasse as grades para entrar, não sendo possível aferir se se tratava em todos os casos de autoridades ou profissionais que iam cuidar da população mais idosa.
O presidente da Câmara Municipal de Melgaço, Maniel Batista Pombal, disse esta tarde ter conhecimento de que não existiam militares em todos os acessos, referindo que tal acontecia por falta de meios. Ainda assim, garantiu quem um carro da GNR estava a dedobrar-se por todas as entradas para detetar possíveis infrações.
"Estamos perante uma situação complicada […] e perante isso achámos que era importante dar um sinal mais forte à população", disse à CMTV, adiantando que "a medida está a ser eficaz", porque "a população está a entender muitíssimo bem"
"Seria desejável que tivessemos hoje no país inteiro e também, com certeza no concelho de Melgaço, uma presença polical muitíssimo mais forte, mas ela não é possível. O que está aqui a acontecer é a presença de uma patrulha da GNR que de forma continuada vai passando por todas as entradas e saídas da freguesia, não estamos apenas com uma entrada", disse, adiantando que também seria desejável que "tivessemos policiamento em todos os nossos pontos de fronteira": "E não temos! Não acredito que as forças de segurança tenham hoje capacidade física ou operativa para estarem hoje em todos os postos de fronteira".