O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje uma operação do exército para apoiar o combate ao novo coronavírus, assim como grandes investimentos no serviço nacional de saúde. O país regista agora um total de infetados confirmados de mais de 25 mil pessoas e 1331 mortes.
Macron falou aos jornalistas numa das cidades francesas mais afetadas – Mulhouse –, tendo deixado a promessa de que o Governo vai tomar medidas em breve para fazer face às consequências de curto e longo prazo.
No âmbito da operação Resiliência, do exército, os militares darão apoio logístico ao trabalho dos profissionais de saúde e das autoridades daquele país. Estão também a ser preparadas medidas para cuidar dos cidadãos dos territórios franceses do Caribe, América do Sul e dos que se localizam no Oceano Índico.
"Quando a crise terminar, haverá um plano de grandes investimentos e uma atualização das carreiras", prometeu o presidente francês.
Criticando ainda todos os que falam de uma resposta lenta por parte das autoridades francesas, Macron disse que esta era altura de união nacional e não de fraturas internas. "Estamos apenas no começo. Mas vamos conseguir, porque não nos vamos render, porque temos força”, acrescentou.
As autoridades anunciaram que, do total de infetados, 2827 pessoas estão internadas e precisam de suporte de respiração, o que, segundo a imprensa francesa, significa que um terço do total de camas com ventiladores disponíveis no país está já ocupada.
Luxemburgo recebe franceses do Leste
Tendo em conta a situação complexa que se vive em Mulhouse, as autoridades de saúde do Luxemburgo aceitaram já receber seis doentes de nacionalidade francesa, esperando-se que um sétimo chegue nas próximas horas.
Este país, com 610 mil habitantes, tem atualmente 1333 infetados com covid-19 e já regista oito mortes.