Um conjunto de sindicatos da polícia francesa ameaçou nesta quinta-feira parar de fazer os controlos da quarentena obrigatória imposta no país para travar o avanço da covid-19, caso não lhes seja garantido o acesso a máscaras de proteção.
Isto depois de na véspera, e perante a escassez de máscaras por todo o país, o ministro do Interior, Christophe Castaner, ter anunciado que o stock de máscaras destinado aos polícias, que têm efetuado controlos da quarentena por todo o país, seria doado aos profissionais de saúde que combatem a pandemia nos hospitais.
“Se os meios de proteção faltarem nos serviços, os polícias farão apenas as missões realmente urgentes e não vão fazer mais controlos durante o confinamento", avisam no comunicado conjunto de vários sindicatos, representativos dos vários escalões profissionais da polícia francesa.
França regista até 1.331 mortes por covid-19 e o último balanço (quarta-feira) dava conta de 25.233 casos de infeção confirmados. O cumprimento da quarentena obrigatória está a ser feito por cerca de 100 mil polícias e polícias militares, que por todo o país verificam se os cidadãos que circulam nas cidades e nas estradas têm justificação válida para a deslocação.