Bernardo Gaivão, português que está 'preso' nas Honduras, deverá regressar a Portugal esta sexta-feira num voo espanhol que parte para Madrid, em Espanha, antes de chegar ao seu país natal, depois de ter ficado retido na ilha de Útila.
Bernardo, que trabalha numa empresa americana que gere grupos de estudantes de medicina a estagiar em Portugal e que estava na ilha a tirar um curso de instrutor de mergulho, queixou-se da atuação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que criou uma linha – mail e telefone – para os assuntos de covid-19 dedicada a portugueses no estrangeiro, mas que não dá uma resposta em tempo útil.
Canadianos e norte-americanos têm feito voos de repatriamento quase todos os dias, conta, sublinhando que pelo contrário, “a União Europeia não tem mexido um dedo para ajudar as pessoas”.
Sente-se “confuso e francamente desiludido” com o país, cujo representante máximo da diplomacia portuguesa todos os dias diz publicamente que a prioridade é o regresso dos portugueses.
“Não tenho alternativa a partilhar a minha história, porque de facto a resposta tem sido mesmo muito má”, explicou Bernardo.