O aumento do número de casos registados no Porto, que passou de 417 confirmados, no domingo, para 941 na segunda-feira, criou alvoroço entre as autoridades de saúde e a própria autarquia. Chegou a falar-se num cerco sanitário a realizar no município, cenário rejeitado por Rui Moreira.
Mas agora novas informações podem ajudar a explicar tão significativo aumento, que pode, afinal, não ter sido tão significativo assim.
Em declarações ao jornal de notícias, a DGS explicou que está a ser utilizada uma "metodologia mista" para a recolha dados reportados pelas administrações regionais de saúde e pela plataforma Sinave (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica), na qual os médicos inserem a informação sobre os doentes.
"O universo pode ser indevidamente maior do que o número de casos por dupla contagem", adiantou fonte da DGS.
A partir de desta terça-feira, passarão a ser contabilizados apenas os dados do Sinave, as informações prestadas pelas autarquias deixam de ser tidas em conta para efeitos de contagem.
No entanto, sublinha o mesmo jornal, a alteração pode levar a que sejam reportados apenas 70% a 75% do total de casos no país.