O Hospital Policlínico de Pavia, uma região no norte de Itália, começou a utilizar um tratamento experimental para tratar doentes infetados com covid-19 que se encontram em estado grave. Os profissionais de saúde estão a utilizar sangue de pacientes que recuperaram do novo coronavírus para administrar nos pacientes em estado grave, um tratamento apelidado de plasmaterapia. E o tratamento, primeiramente utilizado na cidade Wuhan, na China, tem tido efeitos positivos na região italiana.
"Trata-se de uma terapia que já foi utilizada com êxito contra a SARS e o ébola e que permite proceder em simultâneo a outras terapias", explicou o responsável da Imuno-hematologia do Policlínico de Pavia, Cesare Perotti, ao jornal local Il Ticino.
Um paciente que já tenha estado infetado com o novo coronavírus e que já tenha recuperado, possui um "plasma hiperimune" com anticorpos contra a covid-19, o que ajuda os pacientes que se encontram agora em estado grave a combater a doença. O centro hospitalar tem pedido aos pacientes recuperados para doarem sangue à instituição de modo a ajudar outros pacientes.
Na cidade de Wuhan, onde surgiu o vírus, a plasmaterapia teve efeitos positivos em mais de mil doentes. Apesar dos efeitos serem positivos ainda não existe nenhuma prova sobre a sua eficácia a longo prazo, devido ao número reduzido de tratamentos.