O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) expôs a sua opinião sobre a situação do setor social, considerando que a iniciativa do Governo que facilita a admissão de trabalhadores para este setor “não só vem com algum atraso como não corresponde às exigências”.
O sindicato revela que é imprescindível que estes trabalhadores sejam admitidos com um contrato de trabalho “e que façam uma formação básica para o exercício das funções necessárias”.
Para o CESP a admissão de trabalhadores para o setor social só por si não é suficiente. “É preciso garantir equipamentos de proteção individual em quantidade e qualidade, testes de rastreio a utentes e trabalhadores e a necessária desinfeção dos espaços”, explica o sindicato em comunicado, onde alerta também para os vários lares e instituições para portadores de deficiência ou incapacidades com utentes e trabalhadores infetados com covid-19.
“Os trabalhadores acabam por ser substituídos por outros que não fizeram testes mesmo depois de terem estado em contacto com utentes e colegas de trabalho infectados”, acusa o CESP. E vai mais longe ao garantir que “alguns utentes infetados permanecem no interior das instalações e os equipamentos de proteção individual não existem ou começam a faltar”.
As cargas horárias superiores ao normal fazem também parte das preocupações do CESP. “Em diversas instituições os trabalhadores estão já em exaustão”.
O CESP considera ainda que as autoridades nacionais “nomeadamente a Segurança Social e o Ministério da Saúde, têm a obrigação de acompanhar todas estas situações, garantir que todas as medidas de prevenção do contágio estão asseguradas e não promover ou pactuar com atitudes que colocam os trabalhadores entre a espada e a parede enviando-os para situações de contágio certo”.