De acordo com o último balanço da DGS, nas últimas 24 horas morreram 26 pessoas vítimas de covid-19, o que representa um aumento de 6,4%. No total, já morreram 435 pessoas infetadas com o novo coronavírus no país. A taxa de letalidade global é de 2.8 e de 10,5% em pacientes com mais de 70 anos.
Foram ainda confirmados mais 1516 novos casos, um crescimento de 10,9% comparativamente aos dados de ontem, totalizando assim 15.472 pessoas infetadas no país. Destes pacientes, 1179 estão internados em unidade hospitalar, um acréscimo de 7,6%, dos quais 226 estão em Unidades de Cuidados Intensivos, o que representa uma descida de 15 pacientes comparativamente aos dados de ontem. 13.625 estão em confinados no seu domicílio, o que representa 88.1% do total de infetados. No total, já recuperaram 233 pessoas, mais 28 do que ontem, um aumento de cerca de 13.7%
"O que os dados de hoje nos dizem é que temos de continuar, é um esforço coletivo e que não podemos abrandar nem levantar a guarda", apelou a Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira.
Segundo a Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, a linha da SNS24 foi reforçada "em tempo recorde" e o tempo médio de espera, em mais de 15 mil chamadas, "é de 59 segundos", em cerca de 99% das chamadas.
A nível de testes, o SNS tem superado a realização de 9 mil testes diários. O país encomendou ainda 50 milhões de máscaras tipo 2 e mais de 7 milhões de mascaras respiradores de FFP2 e FFP3 e o reforço de 1500 ventiladores, de acordo com Jamila Madeira.
Rui Ivo, presidente do Infarmed, disse que esta entidade pediu “à industria farmacêutica que reforçasse as quantidades” de produção de medicamentos e sublinha que ocorreu um “aumento [de 20%] para aqueles medicamentos que são mais usados neste contexto”. Rui Ivo frisou ainda que os prazos das receitas serão renovados e que os medicamentos que só podiam ser entregues aos doentes nos hospitais, possam ser enviados para as farmácias comunitárias, de forma a que estas entreguem aos utentes.
Em relação ao avanço do cerco sanitário em Castro Daire, Graça Freitas diz que a situação esteve a ser equacionada mas chegou-se à conclusão que apenas é necesário reforçar entre a população o distanciamento social e o encerramento de vários estabelecimentos, não havendo justificação para avançar com o cerco.
Em relação às queixas apresentadas pela Direção de Lares em relação às medidas da DGS estarem a ser insuficientes para combater a propação da covid-19 nestes espaços e que existem doentes que depois de terem sido diagnosticados com covid-19 voltam ao lar, Graça Freitas aponta que as "normas dizem que as entidades que gerem os lares terão, perante uma situação concreta, de encontrar a nível comunitário uma resposta e seguir as normas e a melhor solução possível”,afirmou a diretora-geral da Saúde. Sobre utentes infetados com covid-19 regressarem aos lares de idosos, Graça Freitas diz que a maior parte das pessoas podem ser tratadas no domicílio e isso não exclui os idosos em lares e que devem apenas ser cumpridas as medidas de isolamento.
Graça Freitas afirma que nas próximas horas a DGS publicará novas orientações sobre o uso generalizado de máscaras, aconselhado pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças e sublinha que Portugal tem seguidos as práticas estipuladas pela Organização Mundial da Saúde.