Cláudio Ramos estreou-se este domingo de Páscoa na TVI, ao lado de Fátima Lopes. Embora a estreia do apresentador tenha sido elogiada pelo público, ao longo da emissão Cláudio Ramos acabou por cometer uma pequena gaffe e, por força do hábito, referiu-se várias vezes à estação de Paço de Arcos.
Esta segunda-feira, através do seu blogue o apresentador falou sobre o assunto e admitiu estar nervoso.
"Estive entregue como sempre estou, com o nervoso da responsabilidade que é inerente à profissão e distraído como sou por natureza e por isso ao longo da emissão disse várias vezes SIC em vez de TVI. Não tombou o Carmo nem a trindade por fazê-lo. O meu diretor, que estava à minha frente, entendeu e sorriu, cúmplice, assim como os espetadores – Estive 18 anos a dizê-lo e é natural que aconteça – Ontem mais natural ainda, porque a emissão de ontem era uma emissão do País. Não de uma estação apenas, nem de uma região. Era a emissão que saía dos estúdios da TVI para o mundo", começou por escrever no blogue ‘Eu Cláudio’, recordando as vezes em que chamou Júlia a Cristina Ferreira.
"Eu sou por natureza uma pessoa distraída, acho que isso ficou muito evidente nos últimos tempos e ainda que mudem registos e formatos a essência de um comunicador de verdade não se esconde e só passa verdade para casa se ele não se esconder. Eu não me escondo. Socorro-me de ‘muletas’ que me ajudem mas não me escondo, nem nas distrações nem na responsabilidade", acrescentou.
Cláudio admite que foi um dia de emoções fortes."Foi um dia de emoções misturadas. Chorei assim que entrei no carro de volta a casa. Chorei quando cheguei a casa, porque sou assim também. Tenho tanto de forte como de frágil. São muitas coisas misturadas numa pessoa em poucos dias. Mas a vida é assim, estamos todos mais frágeis com o que está a acontecer, e percebi quão importante é estar na linha da frente", disse o apresentador, que se estreou dois meses depois da sua mudança da SIC para a TVI.
Cláudio Ramos falou ainda da forma como é feita televisão em tempos de pandemia e de como isso o marcou.
"Percebi, mais ainda que a televisão que se faz hoje não é televisão que deixei há dois meses. É uma televisão mais vazia de gente, sem o calor do público presente, sem o afeto do toque e apenas com a conversa dos olhos por trás de uma máscara. Isso derrubou-me. Talvez por estar há tanto tempo em casa sem ir a estúdio o choque foi maior, porque parece que de repente, a pandemia nos roubou também o lado humano por trás das câmaras", refere.
"Quando cheguei a casa chorei. Chorei, porque percebi no terreno que o mundo, nunca mais será o mesmo. Não se iludam. E isso é difícil de engolir", rematou.