Trump anunciou que iria suspender a contribuição dos EUA para a OMS. Num caso normal, consideraríamos louca a atitude do Presidente dos EUA, e subscreveríamos a posição do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmando ser este o momento menos apropriado para diminuir as receitas da OMS.
Mas não de trata de um caso normal. O Presidente dos EUA fez as opções mais erradas para enfrentar a pandemia, que se traduz em muitos mortos americanos, e na sua pequena cabeça quer agora arranjar outros responsáveis pela sua situação. Como o especialista de que anunciou o despedimento, Anthony Fauci.
O problema é se ele convence mesmo a população, que se encontra tão martirizada, de que tem uma pontinha de razão. E as sondagens dizem que sim. Que pode estar a convencer mais do que os seus incondicionais.
Não vamos achar que quem o elege o merece, porque há muito boa gente que não lhe vai muito com a pessoa e tem de aturar os seus dislates.
É a tal coisa de os não democratas aproveitarem normalmente a democracia (a que depois põem termo) para chegarem ao poder.
Não sendo inteligente, nem tendo uma grande clarividência, o homem parece dispor daquela esperteza que chamaríamos saloia, mas leva ao tal anexim português: ‘O teu filho que seja o inteligente, e o meu o esperto’.
Pedro d'Anunciação