António Costa declarou, numa entrevista ao Expresso, que as idas às praias vão ter de ser realizadas com "algumas restrições" durante este verão devido ao novo coronavírus. E outros dirigentes também decidiram mostrar a sua posição em relação à época balnear este ano.
A Delegada Regional de Saúde do Algarve, Ana Paula Guerreiro, já disse que as pessoas se devem começar a mentalizar que é "natural que existam algumas restrições" este ano e o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Silva Gouveia, disse que este ano "não teremos época balnear nos moldes dos anos anteriores" na Madeira, em declarações à agência Lusa.
No entanto, já começaram a surgir soluções a nível internacional para tentar colmatar esta situação. Para que se possa continuar a cumprir o distanciamento social para evitar a propagação da covid-19, que já infetou mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo, a empresa italiana Nuova Neon propôs que sejam instaladas caixas transparentes de plexiglas (material acrílico transparente) e alumínio no areal, de modo a criar setores privados e impedir o contacto das pessoas.
"A ideia nasce com o objetivo duplo de proteger mas também permitir a retoma da atividade", afirmou o dono da empresa Claudio Ferrari ao jornal La Republica. Os cubículos terão no máximo 4,5 metros de comprimento e poderão abrir no máximo 2 espreguiçadeiras e um chapéu de sol. Entre dois chapéus, será mantida uma distância de pelo menos três metros.
Também a Associação de Empresários de Praia da Costa del Sol, em Espanha, já começou a pensar em soluções para que a população possa ir à praia, como retirar as redes e os guarda-chuvas do areal e implementar um sistema digital para evitar que as cartas dos bares da praia passe de mão em mão entre os clientes.
O dirigente da associação, Manuel Villafaina, afirma que "a segurança será uma prioridade para o setor" e garante que irá seguir todas as medidas das autoridades de saúde.