Segundo o balanço diário sobre o novo coronavírus em Portugal, divulgado esta terça-feira, registam-se já 21.379 casos confirmados em Portugal, mais 516 que ontem, um aumento de 2,5%.
1172 pessoas estão em internamento, das quais 231 se encontram em Unidades de Cuidados Intensivos – menos 2 casos do que ontem. 86.7% dos doentes estão em tratamento domiciliar.
Pela primeira vez, o número de casos recuperados é superior ao número de óbitos. No total, já 917 pessoas venceram a covid-19 em Portugal, mais 307 casos do que ontem.
Por outro lado, 762 perderam a batalha contra a doença. A taxa de letalidade global é de 3.6%. Em pessoas com mais de 70 anos é de 12.7%.
Desde o dia 1 de março, foram realizados mais de 274 mil testes de diagnóstico, 70% dos quais foram realizados em abril. Na passada sexta-feira, dia 17, foi o dia em que foi possível realizar mais testes desde o inicio do surto: 14.500 amostras foram processadas.
António Sales sublinhou ainda que começaram a ser realizados testes sorológicos a utentes e profissionais de saúde, esta terça-feira, no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte que pretendem auferir o grau de exposição à covid-19.
No país, 300 estruturas residenciais para pessoas idosas estão com casos de covid-19, em utentes ou funcionários. 12% do universo de ERPIS do país tem casos confirmados. Até à data, 65% dos funcionários das ERPIS do país ja foram testados, segundo o secretário geral da Saúde.
Foram distribuídos vários equipamentos de proteção individual ontem, de acordo com as necessidades de cada região. Está prevista a distribuição de 2.300.000 máscaras cirúrgicas pela região Norte e 1.100.000 pela região de Lisboa e Vale do Tejo.
Questionado sobre o facto dos profissionais de saúde não irem receber o aumento do salário previsto devido a um erro informático, António Sales aponta que o Ministério da Saúde tem vários trabalhadores e o processo de salários é feito através de uma plataforma "complexa" e muitos dos profissionais de saúde trabalham em regimes diferentes. "Existem muitas variáveis", aponta. "Não houve condições do ponto de vista técnico. Lamentamos a situação, mas que fique claro que a situação será devidamente regularizada com retroativos ao dia 1 de janeiro", disse o secretário de Estado da Saúde.
Questionado se haverá compensação extra para os profissionais de saúde ou subsídio de risco, como acontece em outros países, António Sales afirma que esta é uma questão que "deverá ser ponderada a médio prazo", no entanto, afirma que "esta não é a altura própria para o fazer, uma vez que tantos portugueses passam dificuldades".
Sobre que medidas de contigencia que vão ser tomadas na base da Ota, Graça Freitas afirma que as pessoas já estão a ser realojadas com os devidos cuidados, visto já se ter conhecimento de quem está infetado, quem nao está e quem está á espera de resultados.
"Esta não é uma movimentação desordenada. É uma movimentação de pessoas muito controlada por segmentação de risco. No geral, a comunidade envolvente não vai ser afetada por este realojamento", afirma Graça Freitas.
Recorde-se que na base da Ota está um grupo de refugiados que estava alojado num hostel em Lisboa, entretanto evacuado depois de uma pessoa ter feito um teste de despiste à covid-19 e este ter dado positivo,