Eduardo Cabrita anunciou, esta terça-feira, várias medidas de apoio a associações de bombeiros numa altura em que a crise da covid-19 afetou as suas receitas correntes.O ministro da Administração Interna afirma que a covid-19 afetou "significativamente" os bombeiros e que o combate à doença também se refletiu nas receitas das corporações de bombeiros que sofreu uma "significativa redução das suas fontes de receita corrente". Segundo Eduardo Cabrita, a crise da covid-19 atingiu cerca de 70% da receita corrente de várias corporações espalhadas pelo país.
De modo combater a quebra, foi decidido em Conselho de Ministros e promulgado pelo Presidente da República, esta terça-feira, um conjunto de medidas de apoio. Estas medidas permitem antecipar, "até três duodécimos, aquilo que é o pagamento mensal que a Autoridade faz para apoiar as corporações de bombeiros", "permitir um mecanismo de financiamento permanente excecional para corporações afetadas nas suas receitas correntes até 6.5 milhões de euros, tratando-se de um financiamento sem juros, reembolsável até 24 ou 48 meses consoante a dimensão do impacto financeiro na vida das corporações" e o "aumento de 3% para 5% da transferência anual para o fundo de proteção social do bombeiro", afirma Eduardo Cabrita.
O ministro da Administração Interna afirmou que vai ser criado "um Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais que a Autoridade vai coordenar, enquanto vai continuar a acompanhar – mesmo para lá da eventual decisão do não prolongamento do Estado de Emergência – […] a coordenação da resposta de todos os agentes no âmbito do nosso plano civil de emergência e de Proteção Civil".
Os meios disponíveis para este dispositivo vão ser reforçados "em 18% em relação a 2017 e em 3% em relação ao ano anterior", anunciou ainda Cabrita. Vão ser contratados também novos guardas e sapadores florestais para garantir uma maior segurança nos meios rurais.