O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, elogiou esta quinta-feira o comportamento dos portugueses durante o segundo estado de emergência, que decorreu entre 3 e 17 de abril. As declarações do ministro foram feitas no Parlamento, onde foi debatido o relatório deste período.
Eduardo Cabrita disse que “o sucesso” do estado de emergência esteve na "contenção e mitigação" dos efeitos da pandemia, que se deveu à "profunda consciência social da sociedade portuguesa” e à forma “como os cidadãos aderiram e compreenderam que estas restrições às liberdades eram restrições proporcionais e que estavam adequadas" ao desafio que o país enfrenta.
"Isto aplica-se também àquilo que marcou o segundo estado de emergência: a grande convergência entre todos os órgãos de soberania – a Assembleia da República e o Governo", acrescentou o governante.
Embora admita que houve uma “maior circulação” de pessoas, o que justifica com a Páscoa, o ministro destaca que as forças de segurança estiveram sempre em “plena capacidade operacional”.
"Este período correspondeu a um tempo em que alguma maior circulação de pessoas, própria do período da Páscoa”, mas que “teve respostas adequadas e equilibradas", disse, realçando "o envolvimento das forças e serviços de segurança que tiveram sempre plena capacidade operacional para apoiar os cidadãos".
"Igualmente destacaria, neste período, a aplicação de medidas específicas, em que o papel dos cinco secretários de Estado, aos quais foram atribuídas funções de coordenação a nível regional, foi decisivo", disse, referindo-se à realização de testes a trabalhadores e utentes dos lares de idosos.
Eduardo Cabrita não esqueceu a "prioridade reconhecida internacionalmente de acompanhar os trabalhadores migrantes e de acompanhar os requerentes de asilo enquanto setores particularmente frágeis".
Para o ministro, esta quinzena, entre 3 e 17 de abril, "foi decisiva para o aprofundamento dos resultados que nos permitem estar a discutir fundamentalmente como começar a sair do Estado de Emergência", rematou.
Recorde-se que o atual estado de emergência, o terceiro, termina no dia 2 de maio.