Em tempos de covid-19, as celebrações do 1.º de Maio da CGTP-IN, em Lisboa, foram diferentes do habitual. Entre 400 a 500 pessoas reúniram-se na Alameda, em Lisboa, para dar voz às preocupações dos trabalhadores de todo o país. Todos os participantes foram obrigados a inscreverem-se antecipadamente e o jardim da Almeda foi ainda dividido em fileiras, com uma distância de cinco metros, para garantir que o distanciamento social entre os participantes fosse cumprido.
Jerónimo de Sousa afirmou que celebrar o Dia do Trabalhador nesta altura é muito importante, visto ser uma época em que muitos trabalhadores perderam o seu emprego devido à crise provocada pelo aparecimento do novo coronavírus. "Nesta situação difícil em que o país se encontra, era preciso afirmar Maio", defendeu o secretário-geral do PCP.
Também a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, afirmou que os direitos dos trabalhadores não devem ser diminuidos devido à crise que o país enfrenta devido ao novo coronavírus e que existem pessoas – individuais e coletivas – que se estão a aproveitar da situação para "acentuar a exploração". "Alguns queriam calar-nos, mas não nos calamos, cumprindo as regras de segurança individual e coletiva", afirmou ainda Isabel Camarinha.
Para garantir o máximo de segurança possível, a CGTP vai dividir "o espaço da Alameda em fileiras, em toda a largura do relvado", sendo que "cada fileira terá entre si a distância de cinco metros". Os participantes estarão a três metros de distância uns dos outros.