A CGTP repudiou neste domingo as críticas às celebrações do Dia do Trabalhador. "Não houve proximidade entre trabalhadores, nem o habitual convívio, mas apenas o exercício de um direito que conquistámos em Abril de 1974 e do qual não abdicamos", afirma em comunicado a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN).
A reação da CGTP surge depois de ter sido alvo de críticas pela opção de assinalar o Dia do Trabalhador na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, e noutras 23 localidades do país, na passada sexta-feira. Críticas essas que a Intersindical vê como um “exercício persecutório aos que ousam lutar usando o espaço público".
Para a estrutura sindical, "tal ação não é compatível com a democracia”. E lembra que "os direitos, nomeadamente os direitos coletivos dos trabalhadores, não estão suspensos e nas iniciativas realizadas foram garantidas todas as normas de proteção da saúde e distanciamento sanitário, como aliás foi publicamente constatado por todos”.
A CGTP, que sublinha que todas as regras sanitárias foram cumpridas, lembra que uma “campanha” semelhante tinha já “sido tentada nas comemorações do 25 de Abril", com o objetivo de "tentar impedir a luta e as ações em defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores não só no 1º de Maio mas também no futuro”.
Segundo a CGTP, "há sectores" da sociedade que "procuram no surto epidémico a justificação para o regresso ao passado, para a reintrodução do totalitarismo, de mordaças e do unanimismo como única forma de pensar e estar".