O ministro demissionário da Justiça brasileira, Sérgio Moro, prestou depoimento durante várias horas, este domingo, à Polícia Federal brasileira, em Curitiba, sobre as suas acusações de interferência política de Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil. No mesmo dia, o ocupante do Palácio do Planalto apoiou uma manifestação de um grupo de fiéis seus contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal em que foram agredidos jornalistas do Estadão. E Moro, antes adorado devido ao caso Lava Jato, também foi alvo de críticas, de acordo com a Folha de São Paulo.
Fontes afirmaram ao site G1 que as autoridades brasileiras extraíram as alegadas mensagens entre Moro e Bolsonaro – que o ex-ministro já havia afirmado em público ter em seu poder – da aplicação WhatsApp. Além disso, referem as fontes do site, Moro entregou mais provas à polícia e ainda sinalizou onde poderiam ser descobertas outras.
Mas Bolsonaro, celebrando a manifestação contra o Congresso e o Supremo, não duvida de que o povo e os militares estão do seu lado – e o homem lá de cima. “Tenho [a] certeza de uma coisa: nós temos o povo ao nosso lado, nós temos as Forças Armadas ao lado do povo, pela lei, pela ordem, pela democracia e pela liberdade. E o mais importante, temos Deus connosco”, enfatizou o Presidente em direto numa rede social.
Nesse protesto de apoio a Bolsonaro, o Estadão afirma que os seus jornalistas que cobriam a manifestação foram empurrados, pontapeados e esmurrados.
Com as acusações de Moro, que se demitiu no dia 24 de abril. o Supremo Tribunal Federal autorizou a abertura de um inquérito durante 60 dias para apurar se Bolsonaro incorreu em ações corruptas e obstruiu a justiça. O Presidente nega as acusações.