Direitos criminais

Jornalistas e partidos tradicionais indignaram-se muito, por se poder estar a usar dados que as pessoas com Coronavírus não queriam revelar. Segundo estes jornalistas, é preferível deixá-los contaminar meio mundo, do que atropelar-lhes direitos, por muito criminosos que sejam os infectadores.

Parece que os jornais alinham, quase totalmente, pelos direitos dos criminosos, e contra as vítimas. Basta ver como se colaram à UE e às Comissões europeia e nacional de Dados, para o entender bem.

Pelos vistos querem reforçar mais aquilo que chamam ‘populistas’,

Mas que são mais normais nestas coisas, e estão mais de acordo com os sentimentos do eleitorado mais sensato..

Vem isto a propósito da notícia de que a China procedeu a uma análise científica, com a ajuda da movimentação dos telemóveis e dados fornecidos por uma operadora de telecomunicações, para ver como se comportaram as pessoas com Coronavirus e os saídos da Wuhan, depois de declarado ali (já tardiamente, ao que sabemos hoje) o início da pandemia.

Jornalistas e partidos tradicionais indignaram-se muito, por se poder estar a usar dados que as pessoas com Coronavírus não queriam revelar. Segundo estes jornalistas, é preferível deixá-los contaminar meio mundo, do que atropelar-lhes direitos, por muito criminosos que sejam os infectadores. Quanto às vítimas, e aos desgraçados que por isso ficaram sem querer com o Coronovírus, ‘que se lixem’.

Claro que a China (como a Rússia, os EUA de Trump, e o Brasil de Boilsonaro, e a Polónia, e a Hungria, e as Filipinas, entre outros) têm outros defeitos que se lhes apontem. Mas neste momento ninguém se preocupa com isso, nem com vítimas nenhumas, mas apenas com o uso de Dados pessoais de criminosos.

Parece que esses tais também não acham bem a sensatez de se medirem as temperaturas à entrada dos empregos. Tudo coisas com que se preocupam muito os partidos mais tradicionais da democracia, deixando assim o campo da sensatez livre para  os chamados ‘populistas’.

 

Pedro d'Anunciação