O lucro da REN registou uma queda de 67,5% nos primeiros três meses deste ano para os 4,3 milhões de euros, informou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Segundo a empresa, "excluindo efeitos extraordinários, o resultado líquido recorrente foi de 32,5 milhões de euros", o que significa uma quebra de 13,7%.
A empresa liderada por Rodrigo Costa dá ainda conta de que os resultados financeiros foram negativos em 13,6 milhões de euros.
“A REN continuou a ser penalizada pela contribuição extraordinária sobre o setor energético (28,2 milhões de euros) que, pela primeira vez, incluiu a Portgás. Assim, a taxa efetiva de imposto subiu para 43,9%”, explica a empresa.
O EBITDA, nestes primeiros três meses do ano, foi de 118,9 milhões de euros, 5,1% menor do que em período homólogo. “Isto resulta essencialmente da redução da remuneração da base de ativos, de taxas de juro das Obrigações do Tesouro a dez anos mais baixas, da introdução de um novo quadro regulatório no gás, de uma menor base de ativos e do aumento dos custos operacionais. Estes impactos foram parcialmente compensados por uma contribuição positiva dos dois negócios no Chile (1,8 milhões de euros) e pela distribuição de gás natural (0,2 milhões de euros)”, avança a REN.
A REN avança ainda que o impacto da pandemia na atividade da empresa é “relativamente baixo”, explicando que colocou 70% dos colaboradores em teletrabalho. A REN admite um “possível aumento do valor dos desvios tarifários em resultado da redução potencial do consumo e dos possíveis atrasos no pagamento por parte dos consumidores devido à pandemia de covid-19”.