A 14.ª edição do festival de música MEO Marés Vivas 2020, em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, foi cancelado esta quinta-feira, dia 7 de maio, e vai regressar em 2021, entre os dias 16 e 18 de julho, anunciou a organização.
"Após conversas e reuniões com o Governo fomos entendendo que este era um assunto sem volta para 2020. Assim (…), a 14.ª edição do Meo Marés Vivas será adiada para o ano de 2021, de 16 a 18 de julho", lê-se num comunicado enviado hoje à comunicação social.
A organização assume que é com "grande tristeza", mas com um "enorme sentido de responsabilidade" que a "Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, MEO e PEV Entertainment" vêm tornar pública a "decisão difícil" de não realizar este ano o festival de música de verão, no Norte do país.
"É uma decisão que nos abala enquanto organização daquele que é um dos maiores festivais do nosso país e de crucial importância para toda a região Norte. Perante a pandemia covid-19, temos como dever e obrigação ser conscientes e responsáveis, contribuindo para a salvaguarda da Saúde Pública, seguindo sempre as orientações da Organização Mundial da Saúde e da Direção-Geral da Saúde".
A organização indica ainda que os bilhetes para a edição de 2021 vão "manter os mesmos valores" e que "darão informações sobre a troca de bilhetes nos próximos dias".
O cartaz vai ser anunciado a "partir da próxima semana", acrescenta o comunicado.
A realização de festivais de música está proibida em Portugal até 30 de setembro, decidiu hoje o Governo, em reunião de Conselho de Ministros.
"Foi aprovado a proposta de lei, a submeter à apreciação da Assembleia da República, que estabelece medidas excecionais e temporárias de resposta à pandemia da doença COVID-19 no âmbito cultural e artístico, em especial quanto aos festivais de música", lê-se no comunicado do Conselho de Ministros, hoje divulgado.
"Neste contexto, impõe-se a proibição de realização de festivais de música, até 30 de setembro de 2020, e a adoção de um regime de caráter excecional dirigido aos festivais que não se possam realizar no lugar, dia ou hora agendados", por causa da pandemia.
O mesmo comunicado acrescenta que, para os espetáculos entre 28 de fevereiro e 30 de setembro de 2020 que não se realizem devido à pandemia da covid-19, está prevista "a emissão de um vale de igual valor ao preço do bilhete de ingresso pago, garantindo-se os direitos dos consumidores".