A Deco divulgou esta terça-feira um estudo que conclui um “reiterado e generalizado desrespeito pela lei” pelas plataformas online de várias cadeias de supermercados a atuar em Portugal.
Segundo a Deco, no estuda realizado em abril conclui-se que “apenas dois terços dos produtos ostentavam a informação sobre a rotulagem obrigatória completa, indicando o que manda a lei, ou seja, a marca, a denominação, a quantidade líquida, o preço por embalagem, o preço por unidade de medida (kg/l), os ingredientes, a declaração nutricional, as condições de conservação e/ou utilização e o nome da firma que comercializa o produto”. “O número é ligeiramente mais animador do que aquele que encontrámos em 2018, num estudo igual”, lê-se no relatório.
Entre os nove portais avaliados, o do Continente é o mais cumpridor, sendo o único que apresenta as informações exigidas para todos os alimentos estudados. Em último lugar, surge o portal do Mercadão, onde, na loja do Pingo Doce, só encontrámos a rotulagem obrigatória completa em cinco dos 27 produtos analisados neste site.
O período da pandemia de covid-19 ficou marcado por uma quebra geral no consumo, mas o comércio alimentar e o retalho foram os setores que, nas compras online, mais viram os seus números subir: cresceram uns expressivos 44% face ao período anterior à pandemia.
A Deco deu conta dos resultados deste estudo ao secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, apelando “à intervenção política para que a lei seja cumprida, à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e à Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição”.