Segundo um levantamento da Associação de Creches e de Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular (ACPEEP), junto de cerca de 90 creches, a grande maioria das crianças não vai regressar às instituições na próxima segunda-feira, dia 18 de maio. Depois de terem entrado em contacto com vários encarregados de educação, os educadores e diretores das escolas perceberam que a grande maioria optou por manter as crianças em casa na segunda fase do levantamento das restrições de confinamento. Por exemplo, uma das creches inquiridas, que tem inscritas mais de 50 crianças, só irá ter quatro crianças na instituição a partir de segunda-feira.
De acordo com declarações da presidente da associação, Susana Batista, a grande maioria das creches vai receber entre cinco a seis crianças e há mesmo instituições que estão à espera de não receber nenhuma criança, no entanto, irão ser obrigadas a abrir portas, o que irá levantar alguns problemas financeiros.“A lei obriga a que as creches abram mesmo que não tenham crianças e isto é muito complicado porque as instituições serão obrigadas a tirar as pessoas do lay-off”, explicou a chefe da associação.
Também Jorge Ascenção, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) defende que o regresso irá ser gradual e não instantâneo. “Existem famílias que estão mais receosas e por isso só irão enviar as crianças depois de perceberem que está tudo a correr bem”, disse à Lusa. Nesta primeira fase, Jorge Ascenção acredita que apenas as crianças cujos "pais são mais otimistas" ou que precisam de regressar ao trabalho irão voltar à creche.