DGS publica novas regras para serviços de saúde

Preocupação com exames endoscópicos do tubo digestivo, pois o risco de contaminação é elevado.

Salas exclusivas para a realização de procedimentos endoscópicos e recobro para doentes com suspeita – ou confirmação de covid-19 – com pressão negativa, e equipas fixas são apenas algumas das medidas recomendadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) para o regresso do normal funcionamento dos serviços de saúde, no contexto da pandemia de covid-19.

Segundo o guia publicado, esta quinta-feira, no site da DGS, a covid-19 "apresenta sintomatologia do aparelho digestivo até cerca de 50% dos casos, como diarreia, anorexia, náuseas, vómitos e dor abdominal", pelo que a realização de exames endoscópicos do tubo digestivo tem um risco de contaminação elevado. Nesse sentido é realçada a importância do cumprimento das medidas de prevenção e controlo da infeção, em especial o uso de equipamentos de proteção individual adequados pelos profissionais de saúde e a máscara em todos os doentes, que só deve ser tirada durante o exame.

A DGS refere que a presença nas unidades de técnicas de gastroenterologia deve estar limitada a profissionais de saúde e a doentes, ou seja, sem familiares, para diminuir o risco de contágio.

Deve haver salas específicas para a realização de procedimentos endoscópicos e de recobro para doentes com suspeita ou confirmação de covid-19, com pressão negativa, lê-se no documento.

Todos os doentes, quer os de internamento quer os de ambulatório, devem ser alvo de triagem prévia relativamente ao risco de covid-19 com recurso a consulta telefónica na véspera e no dia do exame, antes da admissão no serviço.

A DGS sublinha ainda que os doentes com sintomas devem ser testados e os exames só devem ser realizados em situação de "urgência imperiosa".

"No atual contexto epidemiológico em Portugal com transmissão comunitária sustentada, todos os doentes são considerados de alto risco", sublinha a DGS.

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