Os números do consumo online em Portugal “superaram todas as expetativas desde que se iniciaram os períodos de confinamento em toda a Europa”, conclui um estudo realizado pela Mastercard, entre os dias 4 e 11 de maio. Segundo o relatório, neste período “mais de metade dos portugueses (54%)” realizaram “mais compras online do que nunca” e 30% gastaram mesmo “mais dinheiro em experiências virtuais do que no início do ano”.
Entre essas opções de compra estão, por exemplo, as aulas de fitness (preferência de 33% dos portugueses), receitas de culinária (preferência de 40%) ou subscrição de canais de filmes (59%), por exemplo. O relatório da Mastercard indica ainda que no domínio do entretenimento, as opções dos portugueses foram “para espetáculos de música online (49%), passatempos (46%), videojogos (36%), espetáculos de standup (34%) e visitas a museus ou lugares de interesse cultural (27%)”.
A generosidade também fez parte do dia-a-dia do confinamento dos portugueses, com 23% a afirmar que fez pelo menos uma doação online, sendo que 14% o fez pela primeira vez por este meio.
Este período também foi aproveitado pelos portugueses para a aquisição de novas competências, através de cursos online, em áreas tão distintas quanto aprender a cozinhar (35%), aprender uma nova língua (21%), aprender a filmar (15%), a desenhar (13%), a programar em computador (12%), a fotografar (12%) ou, até, a aprender a dançar (11%) ou a tocar um instrumento (8%).
Ao nível dos bens essenciais de consumo, o estudo da Mastercard alinha com a tendência e revela que a compra online destes produtos também registou um aumento considerável, com 42% dos portugueses a confirmar que passou a adotar esta modalidade durante o período de confinamento.
A pesquisa da Mastercard revelou, ainda, que os hábitos de compra online espelham os comportamentos da vida real, com 95% dos portugueses a afirmarem que usam o seu tempo à procura das melhores oportunidades e preços mais baixos. Por outro lado, 73% dos portugueses revela que o preço é o elemento mais importante na decisão de compra e os mesmos 73% dizem que chegam a criar listas de compras, mas que depois não as concretizam na íntegra. Já 56% considera, ainda, que a velocidade é o fator mais importante nas compras online e 41% sublinha que, nas compras online que faz, se mantém fiel às lojas físicas onde habitualmente faz as suas compras.
Do ponto de vista da segurança online, 95% dos portugueses revelam preocupação com as fraudes ou os “esquemas”, mas 93% afirma ter cuidado na forma como faz compras online. Ou seja, 83% diz que antes de comprar vai à procura de reviews, 80% só faz compras em lojas que conhece e 36% chegam mesmo a contactar a loja antes de efetuarem a compra.
Paulo Raposo, Diretor Geral da Mastercard em Portugal, destaca que "nos estamos todos a adaptar a uma nova forma de viver e estamos compreensivelmente a comprar mais online e não apenas ao nível dos bens essenciais. Também as experiências virtuais demonstram a mudança nos nossos hábitos, seja para assistir a um filme ou a uma aula de fitness. Os tempos difíceis porque passamos também fazem sobressair o melhor de nós e, o melhor exemplo, está no aumento das doações online. Muito relevante é, ainda, o número impressionante de pessoas que decidiu adquirir novos conhecimentos e a querer saber gerir o seu dia-a-dia online. Agora, mais do que nunca, as pessoas precisam de ter acesso à economia digital e todos nós na Mastercard estamos constantemente a trabalhar para tornar a experiência de compra online mais simples, perfeita e segura para todos, quer estejamos a comprar bens essenciais ou experiências".
Entre as experiências mais populares do confinamento contam-se as chamadas de vídeo com familiares, amigos e colegas de trabalho, feitas por 85% dos portugueses neste período. 59% dos portugueses têm uma subscrição de TV/filme online (como Netflix ou Amazon Prime Vídeo, Disney+) e 49% assistem a concertos de música online. Já quanto aos produtos adquiridos mais populares em confinamento, 30 % são livros, 21% utensílios de cozinha e 16% tinta capilar e computadores/equipamentos.