A EDP fechou um acordo com a Total relativa a uma operação de venda de ativos em Espanha, que inclui a alienação de duas centrais de ciclo combinado a gás natural em Navarra e ainda uma carteira de contratos de abastecimento de energia ao cliente final.
O negócio, avaliado em 515 milhões de euros, já foi comunicado, esta segunda-feira, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“A EDP fechou um acordo com a Total para a venda de dois grupos da central de ciclo combinado de Castejón (na região de Navarra), com 843 MW de potência, e do negócio comercial de B2C (clientes residenciais) em Espanha, que conta com 1,2 milhões de clientes no mercado liberalizado”, lê-se no comunicado da EDP.
“O negócio, avaliado em 515 milhões de euros, envolve ainda a venda da participação de 50% na CHC Energia, joint-venture com a CIDE para comercialização de energia neste segmento”, refreai ainda a energética.
A venda destes ativos deverá concretizar-se no segundo semestre de 2020, após as devidas aprovações das entidades reguladoras e enquadra-se no Plano Estratégico 2019-2022 do grupo EDP.
Sublinhe-se que o plano, apresentado em março do ano passado, prevê uma redução dos ativos de geração térmica e da exposição à volatilidade dos preços no mercado grossista.
Segundo a EDP, esta operação reforça o perfil de baixo risco da energética, “ajudando a reforçar o peso das atividades contratadas e reguladas de longo prazo no EBITDA e a acelerar a desalavancagem financeira, permitindo assim uma melhoria nos resultados”.
A empresa faz ainda questão de frisar que “apenas um ano após a apresentação do Plano Estratégico, a EDP já cumpriu 65% da meta total de venda e rotação de ativos com impacto positivo na dívida líquida da empresa”.
Para o presidente executivo da EDP, António Mexia, “esta é uma excelente operação para a EDP que, mais uma vez, realça a qualidade dos nossos ativos, mas também a nossa sólida capacidade de execução, pois continuamos a criar valor significativo com a estratégia de otimização de portefólio definida no nosso plano de negócios. Após este acordo, a EDP manterá mais de 95% do EBITDA em Espanha, que é um dos nossos mercados estratégicos e onde continuaremos a investir na geração, redes e fornecimento de renováveis, tanto no segmento B2B como no novo ‘downstream’”. Além disso, reforça, “esta transação está totalmente alinhada com o nosso compromisso de liderar a transição energética, proporcionando à EDP flexibilidade adicional à medida que construímos um futuro mais sustentável – um futuro que será elétrico”.