A companhia aérea Ryanair obteve um lucro líquido de 1 002 milhões de euros no último ano fiscal (que terminou em março), o que representa um crescimento de 13,2% em relação ao ano anterior.
Em comunicado, a companhia irlandesa de baixo custo anunciou que aumentou a receita em 10% até 31 de março, faturando um total de 7 690 milhões de euros – mesmo depois de a pandemia de covid-19 interrompido 99% das suas rotas a partir de meados de março.
Apesar dos resultados positivos, a incerteza que se vive no setor da aviação devido à pandemia – e que se irá refletir no próximo exercício – já levou a Ryanair a alertar que poderá ter a necessidade de cortar até três mil postos de trabalho, principalmente entre pilotos e pessoal de cabine, nos próximos dois anos. As previsões apontam para uma acentuada queda na procura e no tráfego de passageiros, que, para já, resultarão em perdas na ordem dos 200 milhões de euros em apenas três meses (abril, maio e junho).
A Ryanair recomeça somente a operar com até 40% do seu programa de voos habitual, a partir do próximo dia 1 de julho.
A companhia aérea irlandesa transportou 148,6 milhões de passageiros durante o último ano fiscal, uma subida de 4%, embora agora calcule que o número de clientes cairá cerca de 20% este ano e que não regressará aos níveis de 2019 até o verão de 2022.
O objetivo da companhia aérea para o próximo ano fiscal – até março de 2021 – será transportar cerca de 80 milhões de passageiros, em comparação com os 100 milhões anuais admitidos na semana passada e os 154 milhões previstos antes da pandemia.