por António Alvim
“E eu cá estarei, cá estaremos todos, porque isto é um espírito de equipa que se formou e que nada vai quebrar. Cá estaremos este ano e nos próximos anos a construir um Portugal melhor”.
Ninguém ligou a estas frases de MRS na AutoEuropa, muito difíceis de encontrar nas notícias publicadas e que consagram a Aliança/Coligação entre Marcelo e Costa
O eleitorado de direita é conservador apreciando sobretudo a estabilidade e as contas certas.
E sente que Marcelo conseguiu o feito improvável de manter a estabilidade politica , apesar da geringonça, e agora de um governo minoritário do PS.
Sente que a dupla Costa Marcelo tem funcionado (com Marcelo a puxar as orelhas ao Costa de vez em quando para gláudio da direita mas também para que tudo se mantenha) e que o Governo tem tido em Centeno um bom guardião das contas.
E sente que um governo minoritário não poderá enfrentar a tremenda crise que aí vem, pior que de 2012, e que recente aliança coligação Costa Marcelo, juntando os votos e a popularidade de ambos, é a melhor solução política e melhor alternativa aos outros 3 cenários possíveis que ninguém quer :
a) eleições,
b) um PS dependente da esquerda,
c) um Governo de Bloco Central (como foi agora feito em Israel)
E quando o PSD em vez de preparar um alternativa sedutora do eleitorado prefere fingir que é socialista e esperar que o eleitorado do centro lhe caia no colo, de facto é a melhor solução.
E quantos mais votos e força política tiver Marcelo melhor será garantida a estabilidade e mais contidos serão os desvios esquerdistas de Costa e melhor este Pode enfrentar a ala esquerda do PS, e o desvario orçamental.
Por isso e para isso, e apesar de todas as "Marcelices", a "direita" deve eleger Marcelo, até para de tempos a tempos o lembrar disso.
Para que a coligação seja Marcelo Costa e não Costa Marcelo.
A Estabilidade Política sempre foi o valor mais fundamental de Marcelo (lembro que Marcelo viabilizou quatro orçamentos de Guterres, ainda que isso tenha levado ao crescimento do Monstro de que falava Cavaco)
Tendo as próximas presidenciais o destino traçado pelo virus, aquilo que é preciso começar a preparar é a solução política para as legislativas. E esta passa antes de mais pelo PSD, por um outro PSD,
Um PSD não estatista e com um claro e sedutor projeto Reformista.
Uma candidatura da "direita" feita à pressa, sem suporte num projecto a prazo, e sem uma base de apoio institucional, numa altura em que o País está confrontado com a maior crise económico financeira, arrisca-se ao fiasco e compromete o futuro.
PS e ignora capacidade atrativa de Marcelo- Lembro como Marcelo aterrou no Congresso do PSD, e em frente a PPC (em torno do qual estava unido todo o PSD), que o tinha recusado por "catavento", conquistou todo o Congresso e fez dele a sua pré candidatura.