A Associação Nacional de Restaurantes, a Pro.var, apela ao Governo para que seja anunciada uma data de regresso para a atividade ligada ao setor dos eventos, em contexto de restauração, sejam corporativos ou sociais, como é o caso dos casamentos.
Em comunicado assinado pelo presidente da associação, Daniel Serra, a Pro.var explica ter reunido com o secretário de Estado do Comércio, tendo manifestado a sua preocupação pelo facto desta área de negócio não ter ainda uma data de reabertura, “uma situação de extrema gravidade para o setor pois para além de terem questões contratuais muito complexas com os seus clientes, começam a olhar para o futuro com enorme apreensão e receio, pois temem dar como perdido, pelo menos um ano de atividade”.
A associação diz ainda não compreender a razão pela qual esta área de negócio, estando dentro da atividade da restauração, ainda não tenha data para o reinício, apesar de cumprir as recomendações apresentadas pela Direção-Geral de Saúde (DGS). No entender da Pro.var, o setor deveria reiniciado no mesmo dia dos restaurantes, a 18 de maio.
No entender da associação, “este tipo de eventos, por serem organizados com muita antecedência, decorrendo em circuito fechado, sem rotação de clientes, e em ambiente controlado, permite preparar o evento com uma elevada segurança para os convidados e colaboradores”.
Já no que diz respeito à parte mais funcional, a Pro.var defende que “até tem algumas vantagens” quando comparada ao funcionamento normal dos restaurantes, “pois permite que as mesas e cadeira tenham maior espaçamento, aproveitando os amplos espaços interiores e exteriores e a “mise en place” seja feita com antecedência, dispensando essa tarefa junto dos Convidados e a distribuição destes possa ser feita de acordo com a sua condição de coabitante”.
“A Pro.var considera que é possível estabelecerem-se medidas específicas para que estes tipos de estabelecimentos possam abrir de imediato, estando as empresas de eventos disponíveis para alterar o formato de buffet e de animação, aumentando o investimento, em utensílios e equipamentos de proteção adequados, aumentando os recursos humanos no serviço e a oferta de mais variedade e novos formatos de animação, para poderem potenciar as experiencias que se pretende que sejam únicas e com o mesmo glamour, sem colocar em causa a segurança e saúde dos seus clientes e colaboradores”, defende ainda Daniel Serra.
A nota relembra que esta é uma atividade com um peso directo de cerca de 900 milhões de euros e que gera um negócio através dos cerca de 40 subsetores associados, na ordem dos quatro mil milhões de euros.