A história de George Floyd, o homem que morreu na sequência de uma detenção nos Estados Unidos, depois de um polícia ter colocado os joelhos no seu pescoço durante mais de cinco minutos, está a gerar indignação em todo o mundo. Agora, a ex-dona de um bar no sul de Minneapolis diz que Geroge Floyd e o polícia em questão trabalharam juntos, durante alguns anos, no seu estabelecimento.
Em declarações à KSTP-TV, Maia Santamaria, antiga dona do bar El Nuevo Rodeo, contou que George trabalhava no interior do espaço como segurança, enquanto o polícia Derek Chauvin fazia serviço de gratificação no exterior. Maia diz que foi dona do espaço por quase duas décadas, mas vendeu-o nos últimos meses.
"O Chauvin foi nosso polícia durante quase todos os 17 anos em que estivemos abertos", afirmou.
A mulher realça que não sabe se os dois se conheciam, uma vez que o espaço possuía vários seguranças, mas admite que houve várias noites em que trabalharam no mesmo turno. Maia Santamaria disse ainda que o polícia não tinha um temperamento fácil e que, sempre que os ânimos se exaltavam um pouco, o agente era rápido a recorrer ao gás pimenta para dispersar a multidão. Contudo, diz acreditar que se estes se tivessem reconhecido na altura do incidente, que a morte de George Floyd poderia ter sido evitada.
Recorde-se que o incidente que terá levado à morte de George Floyd foi captado em vídeo e depois partilhado nas redes sociais. As imagens mostram a vítima, detida e algemada, a pedir ajuda enquanto repetia que não conseguia respirar devido ao joelho que um dos agentes tinha a pressionar o pescoço. As autoridades norte-americanas anunciaram que o caso seria investigado, mas a população exige a detenção imediata dos polícias em causa, levando a cabo vários protestos.
Os protestos começaram de forma pacífica, mas rapidamente escalaram de tom e esta quinta-feira à noite, uma esquadra da polícia foi incendiada pelos manifestantes.