Graça Freitas pede a jovens que alterem comportamento e lembra que “isto não é uma constipação”

Jovens são padrão dos novos contágios da Grande Lisboa. Graça Freitas preocupada com comportamento deste grupo etário.

A conferência de imprensa das autoridades de saúde, esta sexta-feira, fica marcada pelas declarações da diretora-geral da Saúde sobre o crescimento de contágios na zona da Grande Lisboa, que incide principalmente nas faixas etárias mais jovens.

“É um assunto muito sério”, afirmou graça Freitas. “As pessoas jovens têm, de facto, tendência a ter doença ligeira, mas isto não é uma constipação”, acrescentou.

E dirigindo-se diretamente aos jovens, deixa o pedido de que “alterem o seu comportamento”. “Não se esqueçam que, mesmo com doença ligeira, podem transmitir a grupos de risco, a familiares, tios, pais, avós”. “Vão perpetuar a transmissão”, acrescentou. Já esta manhã o Presidente da República tinha deixado exatamente o mesmo apelo.

“Sempre elogiámos o comportamento cívico dos portugueses. Mas de facto nos últimos dias tem-se assistido em Lisboa a uma grande concentração de pessoas, além da que seria desejada”, sublinhou.

Graça Freitas parece ter mudado um bocadinho o tom, em relação a ontem, quando disse que a situação na Grande Lisboa estava “estável”. Hoje, admite que se trata de uma condição “complexa” provocada por vários fatores.

 “Há seis grandes obras que concentram cerca de 130 doentes. Não quer dizer que todos tenham contraído a doença na obra”, adiantou. Referiu também os “cerca de 340 casos em empresas” na Azambuja, os surtos em lares, nomeadamente num espaço em Queluz, outros relacionados com bairros, como da Jamaica no seixal, e “depois há circulação comunitária e habitacional”.

A responsável fez questão depois de apontar todos estes fatores, de voltar a pôr a tónica nos jovens, lembrando que é neles que a multiplicação de contágios tem sido mais célere em Lisboa.

As máscaras de proteção também voltaram a ser assunto abordado no briefing, com o secretário de Estado da Saúde a deixar um apelo aos portugueses para que não descartem as mascaram em espaços públicos.

“Constatámos que existem muitas máscaras eliminadas e o apelo é para que as máscaras não fossem para o espaço público, mas para o lixo doméstico, que é o correto de acordo com as autoridades de saúde”, pediu António Sales.