Governo apela a “espírito de festa” mas com respeito pelas regras no regresso da I Liga

Eduardo Cabrita disse que o efetivo policial destacado é “adequado e proporcional às circunstâncias”. Contudo, lembrou que este é um esforço que “recai sobre todos”.

Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, pediu esta terça-feira aos adeptos que garantam que o regresso da I Liga é feito em “espírito de festa”, mas respeitando todas as indicações da Direção-Geral da Saúde (DGS).

"O apelo que eu faço aos cidadãos que gostam de futebol e que esperaram estes meses para que o campeonato fosse retomado é que o façam com respeito pelas orientações da Direção-Geral da Saúde, façam fundamentalmente sem ajuntamentos e quando queiram manifestar, de forma exuberante, eventualmente a alegria pelos resultados dos seus clubes que o façam com distanciamento físico", disse o governante, depois de a claque do FC Porto, Super Dragões, manifestar intenção de estar presente na quarta-feira nas imediações do estádio do Famalicão, com o objetivo de, a partir do exterior do recinto, apoiar a equipa.

Eduardo Cabrita disse que o efetivo policial destacado é "adequado e proporcional às circunstâncias”. Contudo, lembrou que este é um esforço que "recai sobre todos".

"O apelo que eu faço a todos que garantam que o regresso do futebol seja o regresso de um espírito de festa, infelizmente com estádios vazios, mas é exatamente respeitando as regras de segurança que podemos garantir primeiro que haja futebol, e em segundo lugar que o mais cedo possível o futebol seja visto nos estádios", disse, acrescentando que, como é habitual, as forças de segurança estabeleceram contactos quer com os clubes de futebol, quer com as claques.

Já o diretor Nacional da PSP, Superintendente-Chefe, Magina da Silva, que se encontrava com Eduardo Cabrita na cerimónia de inauguração da Esquadra da PSP de Cedofeita, no Porto, disse que, embora as regras em vigor para a situação de calamidade não impeçam que os adeptos vão até ao estádio, não são permitidos grupos com mais de 20 pessoas.

"Esse trabalho foi feito com a claque em concreto, é uma claque que cria problemas nos estádios, como todas infelizmente todas criam, mas queremos acreditar que, neste caso em concreto, têm todo o interesse que não haja problemas. Foi isso que foi manifestado nas reuniões que tivemos e queremos acreditar que vai correr tudo bem", disse.