O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, admitiu, esta terça-feira, manter as fronteiras terrestres e aérea com Espanha encerradas durante todo o mês de junho.
“Nós, neste momento, temos a fronteira terrestre encerrada até 15 de junho. Iremos analisando essa situação. Eu admito que, se as próprias autoridades espanholas já disseram que antes de 1 de julho não haverá liberdade de circulação, provavelmente temos de manter encerrada a fronteira terrestre todo este mês de junho", disse Eduardo Cabrita, à margem da cerimónia de inauguração da Esquadra da PSP de Cedofeita, no Porto.
"Não faz sentido reatar a fronteira terrestre enquanto em Espanha existir uma situação epidemiológica que exige acompanhamento e enquanto existir uma quarentena interna", acrescentou ainda.
Contudo, o governante lembrou que é autorizada a circulação de trabalhadores transfronteiriços "dentro dos pontos de passagem autorizados" e a deslocação de trabalhadores sazonais e realçou que Portugal, em articulação com Espanha, tem corredores sanitários que permitem aos emigrantes portugueses vindos de França atravessar Espanha para virem para Portugal.
Eduardo Cabrita explicou ainda o que espaço aéreo nunca esteve encerrado na União Europeia, com exceção de voos para Itália e Espanha, devido à “situação epidemiológica verificada nesses dois países".
“Os restantes destinos dentro da União Europeia nunca estiveram encerrados. Não havia era voos por decisão das companhias aéreas e pelas limitações de circulação. O que nós esperamos aqui quer para o Aeroporto de Faro que voltou a ter voos esta semana, quer para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro é ver Portugal como um destino seguro, seguro também de um ponto de vista de saúde permita aqui um reatamento da economia", declarou, explicando que relativamente aos vosso para Espanha e Itália, a situação vai sendo avaliada em função da evolução da sua situação epidemiológica.
"Nós vamos fazendo essa avaliação de situação. Ainda esta sexta-feira decorrerá mais uma reunião de ministros dos assuntos internos. O que eu garanto é que para já estão suspensos esses voos para Espanha, tal como a fronteira terrestre até 15 de junho, faremos, entretanto, a reavaliação. Eu diria que quanto a Espanha não tem sentido repor voos enquanto existir quarentena interna", rematou.