por Francisco Mota
Sabendo-se da situação extraordinária que Portugal atravessa, provocada pela doença COVID-19, é evidente a necessidade de readaptação das cerimónias que assinalam uma das datas mais importantes da nossa mobilização colectiva. Aliás, esse esforço pela preservação das comemorações, ainda que de forma simplificada e em concordância com a responsabilidade e o exemplo que deve ser dado ao povo português, ao invés do que aconteceu e acontece com outras celebrações, jamais perderá o enquadramento institucional e o simbolismo indispensável para fazer honrar o País, o Poeta, a Língua, as Forças Armadas, os Portugueses e as suas Comunidades presentes em todo o Mundo.
O presente e incansável esforço patriótico de diversas classes profissionais de portugueses, cujo impacto se verifica na primeira linha de resposta no combate ao vírus, exige, não menos, do que essa elevação na hora de honrar e comemorar aquele que é um dia de enaltecimento dos nossos antepassados, de honra à nossa cultura e de exaltação da cidadania maior dos nossos tempos.
No dia que assinala o nosso patriotismo, temos, por obrigação moral e em profunda união e convergência entre todos os portugueses, de homenagear aqueles que tudo têm dado pelas nossas comunidades. Reconhecer todos os cidadãos que, no exercício das suas funções profissionais e de voluntariado, de modo heroico, têm servido o País. Neste momento ímpar da história contemporânea, será um sinal de gratidão nacional merecido e necessário.
Médicos, enfermeiros, auxiliares e outros profissionais de saúde; Forças Armadas; Forças de Segurança; Bombeiros Voluntários e Bombeiros Sapadores. Estes Homens e Mulheres, de H e M bem maiúsculos, que deixaram as suas casas e as suas famílias, são o rosto diário dos heróis de um País de memória curta, pelos quais temos o encargo moral de não permitir que entrem no esquecimento colectivo.
Ainda assim, não basta reconhecermos em cada varanda ou em cada sala, o valor dos nossos heróis. A política tem de estar ao lado deles, com muito mais que aplausos. Por todos. Por Portugal!