A maioria dos espaços de restauração (50,1%) estão com quebras superiores a 80% e dois em cada três restaurantes têm quebras superiores a 70%. Esta é a principal conclusão de um inquérito levado a cabo pela Associação Nacional de Restaurantes, a Pro.var, num universo de 852 estabelecimentos entre 8 e 12 de junho.
Segundo a associação, 8,7% dos estabelecimentos não tiveram qualquer faturação, 19,8% tiveram faturação entre os 0% e 10% e 21,6% tiveram faturação entre os 10% e 20%.
Na análise, por regiões e localidades, a Pro.var verificou que os espaços de restauração situados nas zonas turísticas e centros comerciais são os mais afetados, com quebras que se situam entre os 80% a 90%.
A associação liderada por Daniel Serra diz-se «chocada» com estes resultados e por isso apela ao Governo “que procure soluções imediatas para responder a este grave problema de faturação”, uma vez que “as medidas apresentadas há dias são muito insuficientes e não chegam para garantir a sobrevivência”.
A Pro.var sugere por isso que o Governo aprove rendas variáveis até ao final de 2021 “com a implementação de um novo modelo de cálculo de renda, passando a renda a ser calculada em função do peso nas vendas do período homologo, com a obrigatoriedade de comunicação automática dos documentos, em tempo real” e ainda a anticipação e garantia de dois salários mínimos nacionais por trabalhador “à data de 1 julho, independentemente da empresa continuar ou não no programa substituto do lay-off simplificado”.