A Câmara Municipal do Porto quer aumentar a capacidade de resposta às pessoas em situação de sem-abrigo. Muitas das estratégias desenhadas em 2018, através do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo do Porto, ainda não foram colocadas em prática e a resposta às pessoas que não têm um teto demoram a chegar.
No total, a autarquia apresenta dez eixos para tornar a ajuda às pessoas em situação de sem-abrigo mais eficaz. O objetivo passa por reforçar o número de vagas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental e aumentar o número de pessoas que integram as Equipas Técnicas de Rua – que, no fundo, identificam novos casos e são a ponte entre as pessoas que vivem na rua e as soluções para uma nova vida.
Também o Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano, que tem agora capacidade para acolher 35 pessoas, verá aumentada a sua capacidade até 2021. Outro dos objetivos da Câmara Municipal do Porto é criar condições dignas à hora das refeições. Por isso, para diminuir a distribuição de comida pelas ruas, “abrirão mais dois restaurantes – um na zona da Baixa e outro na zona da Boavista – para que sejam cobertos os quatro pontos estratégicos da cidade, definidos com base no estudo das rotas de distribuição alimentar na cidade do Porto”, lê-se no documento citado pela Lusa.
As restantes propostas do município do Porto evidenciam o aumento do número de vagas em alojamentos de longa duração e de housing first – modelo em que, primeiro, a pessoa tem uma casa, e a partir daí começa a construir a sua vida.
Na cidade do Porto existem 560 sem-abrigo, de acordo com as contas da câmara municipal – 140 na rua e 420 em centros de alojamento temporário.