Foram detidos treze funcionários da Autoridade Tributária (AT), que estavam ligados ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, no âmbito de uma operação que visava crimes de peculato e de falsificação de documentos. Além da detenção dos 13 funcionários, foi ainda realizada "uma detenção em flagrante detido por posse de arma proibida" e 13 outros suspeitos foram constituídos arguidos, apesar de não terem sido detidos.
Segundo um comunicado do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP enviado às redações, através da Divisão de Investigação Criminal e sob a coordenação do DIAP Regional de Lisboa, esta operação, que durava há mais de um ano, foi realizada nos distritos de Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal e Região Autónoma dos Açores.
O Comandante Operacional da Divisão Criminal de Lisboa, Nuno Pereira, explicou à Lusa que esta rede "facilitava a entrega e chegada de objetos", que eram retidos, dados como perdidos e não era reclamados. Depois, os objetos eram posteriormente revendidos ou usados em benefício próprio dos funcionários da AT.
Foram realizadas 30 buscas domiciliárias e outras não domiciliárias. Durante a operação foram apreendidos centenas de objetos que terão sido "desencaminhados do aeroporto e encontrados nas habitações dos arguidos, destacando-se relógios, perfumes, computadores portáteis, telemóveis e outros objetos de natureza genérica; diversos aparelhos eletrónicos suspeitos de conter elementos de informação importantes para a investigação; três armas de fogo: dois revólveres de calibre .22 e .38 e uma pistola calibre 6.35 mm; e uma pistola de ar comprimido".