Pelos vistos, tratou-se mesmo de sorte, na luta contra a Covid 19, por parte de Portugal. O País ter-se-á limitado a seguir as instruções europeias, aceitando as orientações das autoridades de saúde (que por sua vez seguiam as da OMS) quando coincidiam, e não as aceitando quando não coincidiam.
Itália e Espanha tiveram o azar de ter de princípio mais casos, apesar de também seguirem as mesmas orientações. Talvez porque muitos chineses infetados as tivessem visitado antes.
Pelos vistos, as autoridades portuguesas nada fizeram contra o vírus, a não ser aceitar de bom grado a sua boa sorte inicial.
É certo que quem nunca fez nada, apostando em imunidades de grupo, se tramou. É que, confirmando mais uma vez que a lógica é uma batata, os que apostaram em tal não lhes correu de feição.
O problema é o nosso Governo estar agora a tentar seguir cegamente as mesmas instruções europeias, talvez condicionadas pelos países em que as coisas correram de outra maneira. Agora está a passar por vergonhas. Alguns, como a Dinamarca a Áustria e o Chipre, simplesmente não aceitam portugueses. Outros, nesta altura de abertura de fronteiras, não aceitam simplesmente infetados excessivos (como a Grécia, a Letónia, a Estónia, a Bulgária, e República Checa, etc.), incluindo-se Portugal nesses casos.
E o nosso Governo, talvez sabendo que não tem razão, limita-se a falar relativamente grosso, ameaçando tomar medidas recíprocas.
Mas não é isso que querem os hoteleiros, a Champions, ou a UE.
A propósito de Champions. Talvez a ideia de não testar ninguém. Num País com cada vez mais casos, acabe por ser contraproducente, e assuste mais os decisores da Champions. Seria o mais natural, e acabaria de vez com os nossos sucessos (mesmo que involuntários) anteriores.