Foram confirmados três casos positivos de covid-19 no Estabelecimento Prisional da Carregueira, em Sintra, o que terá levado a protestos dos funcionários e ao cancelamento de visitas.
De acordo com o Correio da Manhã, que cita Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNGP), depois de três guardas daquele estabelecimento prisional testarem positivo, os guardas escalados para trabalhar na manhã desta sexta-feira recusaram-se a abandonar a formatura, o que terá atrasado a abertura dos reclusos.
Na sequência da notícia, esta manhã, as visitas, agendadas para as 09h30, acabaram por ser adiadas. Era era a primeira visita depois do cancelamento no mês de março.
O presidente do SNGP adiantou ainda que os guardas exigem que os cerca de 40 funcionários daquele estabelecimento que tiveram contacto mais direto com os profisisonais infetados sejam testados.
O caso dos três infetados foi confirmado pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), que avançou que os casos foram identificados na sequência de um rastreio. No entanto, o SNGP acusou as chefias e a direção do estabelecimento prisional de terem ocultado a situação. À Renascença, o sindicalista explicou que as pessoas estiveram a trabalhar infetadas.
"Ocultou o número de infetados e ocultou a infeção no pessoal, porque os testes foram realizados, o resultado terá vindo e, segundo parece – e esta é a preocupação do pessoal – as pessoas estiveram a trabalhar infetadas mesmo depois de ter vindo o resultado”, acusou.
"Só a partir de ontem é que os funcionários civis começaram a usar máscara e os nossos colegas associam essa atitude com a questão dos resultados positivos na Carregueira", acrescenta Jorge Alves.
Os profissionais infetados estão em isolamento domiciliário e encontram-se assintomáticos.