A secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, afirmou, esta quarta-feira, que o "reforço de meios tem sido uma realidade no terreno", principalmente, na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Durante a conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde, Jamila Madeira afirmou ainda que os hospitais têm funcionado em rede e que mesmo em situações de "maior" pressão sobre algumas unidades da zona da Grande Lisboa, onde os novos casos existem em maior número, a resposta em rede do SNS tem sido "acomodada".
A secretária de Estado Adjunto alertou ainda que é necessário que "ninguém, em nenhum momento baixe os braços" e que se continuem a cumprir regras como as de distanciamento social, desinfeção das mãos e utilização das máscaras, cujos resultados irão aparecer "muito brevemente".
Jamila Madeira garantiu ainda que o Governo vai dar apoio a “todas as vertentes e desenvolvimentos” que possam surgir na sociedade civil, académica e empresarial, e ainda que o Executivo não terá medo de reajustar medidas sempre que achar necessários. “Sabemos que as dificuldades e os desafios continuarão a surgir todos os dias, a todas as horas, pelo menos até que nos seja apresentada uma vacina ou um tratamento eficaz para esta doença que todos os dias descobrimos mais uma das suas vertentes", lembrou.
Ainda quanto à notícia de que havia 100 pacientes incontactáveis na Área Metropolitana de Lisboa, avançada pelo Público, Jamila Madeira referiu que há um empenho "muito claro" em que tanto os pacientes infetados com covid-19, como os seus contactos, mantenham contato com as autoridades. “Nesse contexto, há dificuldades que surgem com moradas falsas, com alterações de morada, com dificuldade de contacto que não negligenciámos, mas ainda assim têm estado a ser supridas muitas destas questões com operacionalização de outros caminhos para localizar essas pessoas que tem vindo a ser localizadas, mas não com a celeridade desejada”, explicou.
A secretária de Estado anunciou ainda que o Infarmed pediu informações sobre a disponibilzação de Remdesivir, depois de os Estados Unidos adquirirem a quase totalidade do medicamento antiviral. Jamila Madeira garantiu, no entanto, que o medicamento esteve desde o "dia 1" para todos os médicos que acharam útil tratar pessoas infetadas com o mesmo.
Já Graça Freitas, afirmou que as situações nos lares de idosos estão controladas, sublinhando que as autoridades estão atentas aos estabelecimentos da LVT e também ao surto em Reguengos de Monsaraz.
"Não tenho por região o acumulado feito, sei que há alguns surtos activos aqui em Lisboa, menos no Norte, há um surto activo no Alentejo, mas há surtos, felizmente, que estão encerrados", afirmou.
Questionada sobre as férias dos profissionais de saúde, Jamila Pereira garantiu que o descanso é algo que o ministério da Saúde "absolutamente essencial" para os profissionais de Saúde. "Mas nós estamos no meio de uma pandemia, por isso é preciso conciliar este direito ao descanso com a operacionalização da soluções de resposta à pandemia", disse.