Tanto mais que a própria TAP reconheceu ter errado em esquecer outras zonas do território nacional, na definição das suas novas rotas. Mas ao que consta, a TAP estava em diálogo com as instituições do Norte, e propunha-se emendar esse ‘problema’. E outros terão sido emendados, para o acordo ser dado por existente. Embora não deixe de se falar numa possível nacionalização, quando o Estado ganhava certamente em criar uma nova empresa ao, lado da TAP, de contas limpinhas de início (sobretudo quando imaginamos o pessoal de voo em lutas terríveis quando os momentos da empresa pudessem melhorar). Mas acreditemos de facto que vale a pena pôr os contribuintes a pagarem o evitar de uma crise política e social nesta empresa, e que a Governo saiba desde já obrigar os pilotos a conterem-se como accionistas.
Nem sei se é verdade que um estrangeiro destacado na compra da TAP ganhou já ali o que pretendia, com as comissões da compra dos novos aviões. Talvez queira ganhar mais com outras de vendas de aviões.
O que sim sei, é ser estranho ver uns juízes, do Supremo Tribunal Administrativo, intrometerem-se num assunto que parecia ser apenas do Governo, da Comissão Europeia e de uma empresa privada – mesmo sabendo que outra sentença sua foi mais favorável ao Executivo. Onde está então a separação dos poderes? Ou afinal não a temos.
Ou será que este é um dos casos em que os juízes se devem mesmo intrometer? Porque realmente não podemos sujeitar-nos aos abusos do Governo. A verdade é que o ministro encarregado dos transportes, com o aumento de casos de Covid 19 em Lisboa, parece ter caído definitivamente em desgraça.