A Organização Mundial de Saúde (OMS) relativizou a possibilidade de uma nova pandemia surgir a partir de uma estirpe do vírus da gripe suína, depois de, na segunda-feira, um estudo alertar para isso.
Questionados pelos jornalistas, durante uma conferência de imprensa online, tanto Mike Ryan, do programa de emergências em saúde da OMS, como Maria Van Kerkhove, epidemiologista e diretora técnica para a covid-19 na organização, disseram que, tal como outros, o vírus está em vigilância desde 2011.
Mike Ryan afirmou ainda, durante a sessão, que o trabalho de vigilância de vírus que a OMS faz pode ser um "retrocesso" por falta de financiamento.
Ainda hoje, Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, alertou que 60% da totalidade de casos de covid-19 foram reportados em junho, acrescentando que não pode haver descanso no combate à pandemia, uma vez que a situação é reversível mesmo para países como Espanha e Itália, que, em março, tinham cerca de 10 mil e 6500 casos diários, respetivamente.
Mike Ryan e Maria Van Kerkhove alertaram ainda para o aumento de infeções em países que começaram agora a fazer o desconfinamento, e sublinharam a facilidade com que o vírus se propaga em bares e discotecas. "As pessoas precisam de analisar o seu próprio risco e tomar as medidas adequadas", alertou Mike Ryan.
Também o diretor regional da OMS para a região do mediterrâneo oriental, que participava na reunião, disse que na região há um milhão de infeções, sendo oa países mais afetados o Irão, Arábia Saudita e Paquistão. Ahmed Al-Mandhari alertou ainda para o aumentos recente de casos no Iraque, Líbia, Marrocos, Palestina e Omã.