A ministra da Saúde afirmou, esta quarta-feira, que "os transportes públicos não estão associados a nenhum dos novos casos de infeção” na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT). A garantia foi dada durante a comissão parlamentar da Saúde, na qual Marta Temido foi ouvida.
A possibilidade de a lotação verificada nos transportes públicos dar origem a novos casos foi um assunto abordado pelos partidos de oposição, nomeadamente, pelo PSD. Os sociais-democratas sugeriram que fossem retirados os impostos sobre os táxis e que a EMEL deixasse de cobrar estacionamento, de forma a alargar a mobilidade dos cidadãos na área de Lisboa, que é a que tem vindo a registar mais novos casos. "Não basta dizer que não é possível manter o distanciamento social nos transportes públicos”, disse Ricardo Baptista Leite.
O social-democrata afirmou, durante a comissão, que "alguns autarcas têm sido desleais" com Marta Temido, defendendo que "a crítica tem que vir acompanhada de soluções". Assim, o deputado propôs que fossem identificadas e isoladas as entradas no país, que se fizessem mais testes e que fosse dada mais força às forças de segurança para que possam manter as pessoas em isolamento. “A nossa atitude cá dentro tem impactos económicos lá fora”, disse.
Marta Temido destacou ainda, durante a comissão, a entrada de mais 30 médicos de saúde pública a tempo inteiro na área de saúde de LVT, assim como anunciou que foi esta terça-feira assinado um despacho conjunto de forma a exigir um teste negativo às pessoas que, provenientes de "determinadas origens", se deslocassem até Portugal.