O Supremo Tribunal dos Estados Unidos decidiu, esta quarta-feira, que um procurador que está a investigar as empresas de Donald Trump pode ter acesso aos seus registos fiscais.
Apesar de o Congresso continuar com o acesso bloqueado a estes documentos, o procurador terá um mandado para o acesso a estes documentos, no âmbito da investigação que está a conduzir às contas públicas da Organização Trump, para saber se foi ou não feita a falsificação de documentos comerciais de forma a disfarçar pagamentos a duas mulheres por atos sexuais, acusação que o atual Presidente dos Estados Unidos nega.
“Nenhum cidadão, nem mesmo o Presidente, está categoricamente acima do dever de entregar provas quando a isso é chamado no decorrer de uma investigação criminal”, escreveu o juiz John Roberts, na apresentação da decisão da maioria (7-2) sobre o pedido dos procuradores de Nova Iorque, que estão responsáveis pelo caso.
Em tribunal, os advogados dos deputados democratas defendem que a Câmara dos Representantes precisa dos registos para entender se Trump tem ou não ligações económicas a países ou entidades estrangeiras que possam influenciar a sua política externa.