Qualquer coisa de que Mário Nogueira diga mal, sobretudo relativamente ao ensino e aos professores (de que não se percebe como ele entenderá como sabe alguma coisa, tendo em conta a sua actividade de muitos anos tão distante do ensino), eu sou favorável a essa coisa de que ele diz mal. É uma espécie de ‘o inimigo do meu inimigo, meu amigo é’.
Por exemplo: ele disse mal do ministro da Educação, e imediatamente eu dei por mim a adorar o ministro; depois deu em não gostar dos rankings das escolas; e eu, que os estava a desvalorizar, apesar de os achar muito úteis, e de ser óptimo o Governo ter acabado por os ceder, dei por mim a gostar imenso delas. É verdade: não me posso esquecer de que os privados, que aparecem à frente nesses rankings, têm sempre a possibilidade de os melhorar, e expulsar alguns estudantes com facilidade, ao contrário dos públicos. E que os privados só por si, mesmo assim, acham, que não podem sobreviver, e andam sempre a choramingar pelo dinheiro público.
O jornal Público, que tanto fez para que existissem estes rankings, avisa-nos de alguns aspectos que os distorcem.