O Ministério da Administração Interna (MAI) abriu este domingo um inquérito às circustâncias da morte do bombeiro que, no sábado, perdeu a vida a combater um incêndio na Serra da Lousã, no distrito de Coimbra.
O subchefe dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Corvo, José Augusto Dias, tinha 55 anos, e 39 de experiência como bombeiro voluntário. O incêndio deflagrou ao final da tarde de sábado, perto do Baloiço do Alto do Trevim – local muito procurado por locais e visitantes (e celebrizado pelas fotografias nas redes sociais).
Segundo as primeiras informações avançadas pela Proteção Civil, o alerta para terá sido dado pelas 18h26, provocado por uma trovoada seca. Nestas condições, há mudanças de vento repentinas nas camadas inferiores da atmosfera, junto ao chão, o que terá contribuído para que as chamas cercassem o grupo de quatro bombeiros que se encontravam no terreno. Às 19h19, José Augusto Dias terá feito o primeiro pedido de ajuda, mas os reforços só terão chegado ao local cerca de vinte minutos depois.
Além da morte de José Augusto Dias, os três bombeiros que o acompanhavam – dois da corporação dos municipais da Lousã e outro dos voluntários de Miranda do Corvo – ficaram feridos. Mas embora houvesse inicialmente a indicação que dois deles se encontravam em estado grave, os três receberam este domingo alta médica, depois de terem sido assistidos nos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Entretanto, o presidente da Câmara de Miranda do Corvo, Miguel Baptista, decretou três dias de luto municipal (hoje, amanhã e terça-feira) em “memória e reconhecimento” de José Augusto Dias, que era funcionário da autarquia, igualmente no distrito de Coimbra. O bombeiro falecido era também ex-ábritro de futsal e atualmente cumpria as funções de observador de árbitros desta modalidade.
Notícia atualizada às 15h25